Libai, a Velha e a Agulha


Na sua infância durante a dinastia Tang (唐朝 Táng cháo), o pequeno Libai (李白 Lǐ bái) não possuía amor pelos estudos, de modo que era motivo de profunda preocupação dos seus tutores. Certo dia, resolveu faltar a aula e passear pelas ruas da cidade, foi quando deparou-se com uma velha de feições humildes sentada no chão a amolar incessantemente um bastão de ferro. Ficou então observando-a e imaginando o que ela faria em seguida. Depois que um longo tempo se passou sem que ela interrompesse o intenso labor, o menino, tomado de curiosidade, foi ter com ela a fim de saber a razão que a motivava a ocupar-se de tal inusitada atividade, ao que aquela senhora respondeu com um sorriso carinhoso e uma voz firme:

- Esta pobre velha está amolando esta barra de ferro até que ele fique pequena e afiada, pois quero usá-la para costurar um vestido, e me faltam agulhas.

          Segundo a lenda, a lição de paciência e persistência contida nas palavras da velha impulsionou Libai a superar as dificuldades nos estudos e, mesmo depois que o menino tornou-se um grande poeta, nunca deixou de recordar-se daquele dia.

          A lenda inspirou o chengyu 磨杵成针 (Mó chǔ chéng zhēn), que significa literalmente: “amolar a barra transformá-la em agulha”.

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